Amigdalectomia

A amigdalectomia é a cirurgia de retirada das amígdalas, estruturas localizadas na garganta que, em alguns casos, podem obstruir a respiração, entre outros distúrbios.

O que você vai ler:

  • Infecções recorrentes, roncos, engasgos e intenso mau hálito são algumas das queixas de quem precisa fazer esta cirurgia
  • O procedimento dura em torno de 40 min, é simples e tem poucos riscos
  • Dor e náuseas geralmente fazem parte do pós-operatório, mas a recuperação pode ser completar em apenas 10 dias

O que é amigdalectomia e qual a sua indicação

As amígdalas também são chamadas de tonsilas palatinas, por isso tonsilectomia é outro nome dado para a amigdalectomia.

Já as adenoides são, igualmente, estruturas produtoras de células de defesa, mas estão localizadas em uma região superior, na nasofaringe.

Também podem ser retiradas, o que chamamos de adenoidectomia. 

As adenoides têm potencial para prejudicar a qualidade de vida do paciente quando aumentam de tamanho, principalmente em crianças. 

Elas causam roncos, respiração oral, alterações craniofaciais e do desenvolvimento infantil, além de inflamações reincidentes — da mesma forma que acontece com as amígdalas. 

Indicação da amigdalectomia

Crianças, no geral, sofrem muitas infecções no eixo garganta, nariz e ouvidos. Sistema imunológico em desenvolvimento e até ossos e órgãos ainda em crescimento podem favorecer esse quadro. 

Quando essas infecções atingem as amígdalas, de forma repetida, surge um certo grau de necrose, isto é, morte do tecido. Isso causa um aumento da glândula, desencadeia mais infecções, ela deixa de produzir células de defesa e anticorpos e, em um processo vicioso, a criança sofre de mais quadros infecciosos.  

Sendo assim, embora cada caso deva ser avaliado individualmente, têm-se as seguintes indicações para a amigdalectomia:

  • Mais de 7 episódios de inflamação da garganta ou amigdalite em um ano, ou mais de 5 crises em um ano, por 2 anos consecutivos
  • Roncos na hora de dormir, com interrupção da respiração, devido a aumento no tamanho das amígdalas
  • Engasgos
  • Mau hálito
  • Suspeita de malignidade nas amígdalas
  • Abscesso periamigdaliano.

Por outro lado, existem fatores que contra-indicam relativamente a amigdalectomia, como:

  • Infecção ativa ou problema de coagulação nas vias aéreas superiores
  • Deficiência no sistema imunológico
  • Anemia moderada ou grave
  • Insuficiência cardíaca
  • Fenda palatina

Como funciona a cirurgia

O procedimento é realizado sob anestesia geral. As amígdalas são, então, ‘descoladas’ e, logo, após é realizado o processo de hemostasia para evitar a perda de sangue. As técnicas a laser também podem ser empregadas, porém, podem gerar mais dor no pós-operatório que a dissecção fria. 

Uma terceira opção é realizar o procedimento com a tecnologia Coblation, que vaporiza as amígdalas e gera menos sangramentos. Porém, esse recurso é significativamente mais caro que o convencional.

Em seguida, ele fecha a incisão com pontos de sutura, que caem espontaneamente em, aproximadamente, 7 dias da cirurgia, ou a cauteriza com bisturi elétrico. A cirurgia termina em 30 a 60 minutos. 

Como resultado, a amigdalectomia proporciona:

  • Redução na frequência, duração e gravidade de doenças no ouvido, nariz e garganta
  • Preservação da função auditiva
  • Melhora das doenças sistêmicas
  • Alívio da obstrução respiratória severa
  • Benefícios ao desenvolvimento das crianças, com melhora da capacidade de concentração e cognição

Cuidados no pré e pós-operatório de tonsilectomia

O que o paciente deve ter ao se preparar para a cirurgia? 

  • Hemograma, coagulograma e exame de plaquetas em normalidade
  • Avaliação cardiológica normal
  • Jejum de 8h

O principal risco da operação, com baixa probabilidade de acontecer, de 3 a 5%, é o de hemorragia. Em casos ainda mais raros, se o paciente não conseguir se alimentar nem mesmo com líquidos no pós-operatório, deverá ser internado para receber nutrição parenteral, ou seja, administração de nutrientes diretamente na veia.

Já no pós-operatório, depois de um repouso de 8h, são dadas as seguintes recomendações domiciliares: 

  • Ter uma dieta exclusiva com alimentos frios, líquidos ou pastosos;
  • Evitar o cigarro e a ingestão de bebidas alcoólicas e/ou cítricas;
  • Repousar durante 7 dias e evitar qualquer tipo de esforço físico e vocal, como gritar;
  • Escovar os dentes com muito cuidado, sem tocar com a escova na região que está cicatrizando;
  • Não fazer gargarejos e bochechos durante a higienização bucal;
  • Utilizar apenas analgésicos e anti-inflamatórios, prescritos pelo otorrinolaringologista, em caso de dor de garganta;
  • Evitar tossir ou forçar a garganta de alguma forma;
  • Tomar sorvete e outros alimentos gelados de consistência semelhante 
  • Buscar reavaliação médica, caso ainda haja sangramento a partir do segundo e terceiro dia.

A recuperação completa se dá em até 15 dias sendo que, nas primeiras semanas, náuseas e dor de garganta são reações esperadas. A placa branca na garganta também é outro achado normal, evidenciando que a cicatrização está ocorrendo normalmente. 

Além disso, caso as amígdalas retiradas estiverem muito grandes, a voz pode mudar, adquirindo uma ressonância mais clara. Em crianças, a voz pode adquirir um tom ‘anasalado’, mas é transitório.

Amigdalectomia em crianças

A partir dos 2 anos de idade, tendo indicação e acompanhamento em conjunto com a Pediatria, as crianças também podem passar por este procedimento. 

Neste caso, no pós-operatório, que dura de 10 a 12 dias, a criança deve ficar em casa por 3 dias e pode necessitar de spray anestésico para o alívio da dor de garganta.

Dúvidas comuns sobre a amigdalectomia

  • O palato mole também é retirado?

Não. Apenas em cirurgias como as faringoplastias, para pacientes com ronco ou apneia do sono.

  • O período de pós-operatório terminou, mas ainda tenho dificuldade de engolir. É normal?

Não, busque atendimento médico. Caso a incisão tenha sido fechada com pontos, um deles pode ainda estar remanescente no local.

  • Meu bebê fez a cirurgia, posso dar chupeta para ele?

Sim, ela acalma e torna o pós-operatório menos desconfortável para ele.

A cirurgia de amigdalectomia é segura, benéfica e, muitas vezes, imprescindível para a qualidade de vida.

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